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quinta-feira, julho 15, 2010

socorro

efe

é pretensioso
não ter muita paciência com o mundo
pode se confundir com a vida
que nada tem a ver com isso
o mundo anda chato demais
gente chata demais
e
eu
vou ficando também
sem alegria
achando tudo repetitivo
sem paixão, tesão, banal
preciso me arrebatar
enxergar fundo minha ignorância, ficar vesga
me desconstruir, reinventar
rasgar, virar do avesso
sei lá

domingo, julho 11, 2010

Para o limite

cláudia efe




noite de inverno
e outros pertencimentos
uma caneta sem tinta, outra com
o santinho florido
a janela com plantas
o barulhinho do vento também é meu
empoderei os sentidos do despojamento
é aqui o território desmedido
sem ata e atrelamento
não espero
não esmoreço
nem lanço
respiro fundo
se me vem
o ar
e mais fundo
se me
falta
a teimosia