Efe
Sobre esta noite
tenho a dizer
que me entram
ruídos de gente, como vozes sem endereço
os ventos são como engenho na janela e provocam luas de frases longas
tenho a dizer que tudo é pacato
como as aparências das ruas distantes, dos moinhos vazios
aqui está a minha casa e seus cheiros e lugares escondidos
nada pra ela é objeto, tudo se conta
os amores que tive, os que não tive, os que invento
Se apropria dos ruídos, dá endereço às vozes
Embaralha o silêncio, despedaça os moinhos
fica dona do tempo
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quarta-feira, junho 24, 2009
domingo, junho 21, 2009
Quando isso é só hoje
Cláudia Efe
A maioria de tudo me escapa
Inclusive preciso escrever depressa
Antes que me desvaneça o segundo
Razoável que já me tomou o primeiro
É preciso urgência para a natureza das coisas
Dado que me foge a sabedoria
Como corredeira
Não basta o sol por um dia inteiro
Ou luas cravadas que se ostentam
Tudo será pouco
Dada a geografia parca do entendimento
Queria de volta meus quatro anos
Uns cinco, talvez
Eu olhava com os olhos
E comia com a boca
O caminho
21.06.2009
A maioria de tudo me escapa
Inclusive preciso escrever depressa
Antes que me desvaneça o segundo
Razoável que já me tomou o primeiro
É preciso urgência para a natureza das coisas
Dado que me foge a sabedoria
Como corredeira
Não basta o sol por um dia inteiro
Ou luas cravadas que se ostentam
Tudo será pouco
Dada a geografia parca do entendimento
Queria de volta meus quatro anos
Uns cinco, talvez
Eu olhava com os olhos
E comia com a boca
O caminho
21.06.2009
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