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quarta-feira, agosto 29, 2012

Óbvios

                                                                                                                                         Cláudia Efe

Tem dias que navego
sem mar
pelos desertos 
das minhas esquinas
         





sábado, agosto 25, 2012

Por assim dizer

cláudia efe



A luz na janela
a taça de vinho
o pote de barro
o bolinho de arroz.
Aprendo que se faz oferendas para o silêncio da tarde
que é íntimo e com música própria
que ali, ainda posso imaginar, e ainda devo.
É assim,
perpetrado por tempo e espaço
lugar onde gritam liberdades roucas e desaforadas.
Fé inabalável de tristes e alegres e sem sentidos
sem verdades e sem lutos
porque tudo está em nós
e permanecerá
de um outro jeito talvez,
mas de algum modo.

agosto 2012, RJ