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domingo, dezembro 26, 2010

FELICIDADES



Que 2011 seja o ano da nossa coragem
de assumir definitivamente a nossa alegria
de deixar abertas as janelas dos nossos afetos.
Que a vida nos surpreenda com as esquinas das suas delicadezas
com aquela música que toca e a gente nem sabe de onde vem.
Que tudo seja belo e humano, que a ética nos conduza.
Que o amor transborde os nossos atos, e seja bússola para as nossas expectativas.


Um beijo, Feliz Natal e um 2011 maravilhoso!
Cláudia Ferrari

sábado, outubro 09, 2010

EU TAMBÉM SOU DILMA


Eu voto em Dilma

Estar por aqui

Dona Efe

Em sentido horário, Maurício, Cláudia Ferrari e Gabriela Leite
Bar da Fatinha, Santa Teresa, 07 outubro 2010


Não faz outro dia, de uns tempos pra cá, que passei a me sentir mais à vontade pra ficar quieta mesmo.

Sempre gostei do meu canto, meu paninho... mas, como bom viralata que sou, também faço meus estardalhaços e faço festa e morro de saudade e de alegria de tudo.

Gabriela ganhou uns mil e tantos votos nas urnas deste 2010, um foi meu e uns outros tantos de amigos que sei e outros dos que não sei.

O voto é uma forma de tentar mudar, mas é uma só e, mesmo assim, tão comprometida forma. Primeiro, de ser obrigatório, já é estranho e discordo. Depois... haja dinheiro pra fazer campanha, produzir tanto lixo, dissimular... 

Fico feliz pelo Freixo, que também votei.

Nasci em pleno golpe de 1964, e só lá pelos 15 me dei conta de onde estava... eu sou da Candelária e de tantas outras praças. 
Espero que possamos também nos mobilizar e contribuir em outras e tantas arenas... é por hoje.

domingo, setembro 19, 2010

MEU VOTO DECLARADO: GABRIELA LEITE, DEPUTADA FEDERAL, 4301

 Gabriela Leite, uma puta deputada


Gabriela Leite, 59 anos, é fundadora da grife Daspu e da ONG Davida. Prostituta nos anos 70 e 80, em São Paulo, Belo Horizonte e no Rio, atua desde então em defesa dos Direitos Humanos das Mulheres. Promoveu o primeiro encontro nacional de meretrizes, em 1987, contribuindo para que a categoria se organizasse em associações, hoje atuantes em 20 estados.

Nessa batalha por cidadania, conquistou importantes parcerias com o Ministério da Saúde e incorporou-se ao Movimento Nacional de Luta contra a Aids. O enfrentamento do estigma, do preconceito e da discriminação tornou-se central em sua vida. Nos jornais, nas rádios e nas TVs, nunca teve medo ou vergonha de falar de sua trajetória, que lhe rendeu reconhecimento nacional e internacional.

É condecorada com a Medalha Tiradentes e o Troféu Luiz Mott, enquanto a ONG Davida recebeu prêmios dos Ministérios da Saúde e da Cultura. Autora do livro "Filha, mãe, avó e puta", terá sua história adaptada para o teatro e o cinema. Candidata a deputada federal pelo PV do Rio, pretende ampliar, no Congresso Nacional, sua batalha em defesa dos direitos das mulheres, do aprimoramento do SUS e da Educação Pública, da regulamentação de profissões como a dos profissionais do sexo. Ativista política que sempre foi, quer contribuir, principalmente, para tornar realidade o desejo de toda a sociedade: um Parlamento ético e de qualidade.

www.gabrielaleite.com.br
gabrielaleite2010@gmail.com
contato@gabrielaleite.com.br

domingo, agosto 01, 2010

efe



o amor fica nas cartas
no pano de prato comprado na feira
na capa do disco
n'alguma música que toca por dentro
fica no cheiro
que quando quiser o vento passa
o amor aparece no segundo inverno
dentro da gaveta desarrumada
no desenho da parede
e pendurado nos quadros
segue valente nas panelas
nos tapetes, na cama
revê aquele filme
lê de novo o poema


16julho2010

quinta-feira, julho 15, 2010

socorro

efe

é pretensioso
não ter muita paciência com o mundo
pode se confundir com a vida
que nada tem a ver com isso
o mundo anda chato demais
gente chata demais
e
eu
vou ficando também
sem alegria
achando tudo repetitivo
sem paixão, tesão, banal
preciso me arrebatar
enxergar fundo minha ignorância, ficar vesga
me desconstruir, reinventar
rasgar, virar do avesso
sei lá

domingo, julho 11, 2010

Para o limite

cláudia efe




noite de inverno
e outros pertencimentos
uma caneta sem tinta, outra com
o santinho florido
a janela com plantas
o barulhinho do vento também é meu
empoderei os sentidos do despojamento
é aqui o território desmedido
sem ata e atrelamento
não espero
não esmoreço
nem lanço
respiro fundo
se me vem
o ar
e mais fundo
se me
falta
a teimosia

sábado, março 27, 2010

tinta fresca


imagem: arquivo google, sem referência autor


efe


tenho 320 páginas
resenhas críticas
e dúzias de fichamentos
mas hoje é sábado
e me acomete
a tinta fresca
o pincél banhado na cozinha
a deslizar paredes
e escrever história com cores
reinventar as páginas
com uma alegria sem pressa
encharcada de delicadeza
ando a ouvir o som do vento

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

desconhecidos

efe

talvez seja para se desentender
que o tempo passe
é claro que reside alguma alegria nisso
descobrir o hiato de si mesmo
como fato indecifrável
sem submissão ou rédeas
infeliz do que em mim, se resolve
pura empáfia
ou do outro mim que, covarde, nada entende
é duro o combate das próprias e intransferíveis ignorâncias
quando sou muito mais o que ignoro
quase nada sou do que percebo
apenas nuance
suposição
vulto
só resisto
quando o amor me redime

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

pertencimentos



(imagem: arquivo google, sem referência autor)

efe


Feliz do dia
que amanheceu seu rosto
e trouxe vertigem
para a minha coragem.
Desde então, tudo transborda
e há um relógio enferrujado na parede
do tempo que anda.
Nada mais tem pressa
é bom o sol e a chuva e é bom o vento
também é música a entranha
e estranheza dos detalhes.
Vez por outra me desolo
em outras, desespero
mas não convém assustar a vida
que faz coisas como orvalho.

domingo, janeiro 24, 2010

Domingo


Cláudia Efe

Foto: arquivo Google, sem ref. autor

hoje é dia de Iracema e Amélia
as donas da feira
donas daquelas coisas raras:
lenço na cabeça, panela no fogo e outras simpatias
Tenho que bater o ponto, a cabeça, e outros rituais
porque hoje é domingo
dia do Baixinho, lá do Vila, e do chope tirado na pressão
dia de vento do Aterro e das ruas da Glória
e daquele arzinho gostoso que desce e sobe de Santa Teresa.
Dia de comemorar quando os deuses me deram novas duas janelas
que me abriram o mundo, faz um ano
E, destemido e morrendo de medo,
aportei de tirolesa
no encontro dos seus plurais.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

por onde

Cláudia Efe



Ando longe das palavras
para ver as distâncias
ceguei
uns dizem que há dias de sol e longa viagem
que é preciso ser água para os meus navios
que a vida na terra é dura
e cheia de encantos
outros nada dizem
uns se foram e viraram tantos
outros coisificados
tanta gente
olho no escuro de não ver nada
e
ainda assim
sigo adiante