(Cláudia Ferrari, Buenos Aires, 2010)
Tenho os pés descalços nas ruas de Palermo
O salto gasto da moça que dança em La Boca
Sou também o seu tablado, encruzilhada para as suas pernas
Sou a estação de San Isidro
O susto do Rio de La Plata no absurdo do horizonte
sou sua outra margem
O relógio parado do retiro
O vai e vem portenho
O trem, o atrito, o trilho
Sou o meio da tarde
A noite que se demora
O dia que finda e permanece
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