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sábado, maio 31, 2008

anotações sobre a ponte


Imagem: Arquivo Google, sem referência autor

Texto: Cláudia Ferrari




Eu gostaria de conviver com o ótimo

de mim e do outro

com o lindo

o Divino

o lúdico

coloridos e transparências

permeando os inteiros

mas é essa a minha maior ignorância que observo, estupefato,

entra tantas

afinal, no antes e depois e durante,

a gente se esvazia e se enche como a lua

de paciência, aparência ou quimera.



quinta-feira, maio 29, 2008

NOVA VISÃO

Tarô Osho Zen : Arcanos Maiores

12. Nova Visão

Zen Tarot Card
Nova Visão

Quando você se abre para o supremo, imediatamente ele se derrama dentro de você. Você já não é mais um ser humano comum -- você transcendeu. Seu insight transformou-se no insight da existência como um todo. Agora, você não é mais um ser à parte -- você encontrou as suas raízes.

Não sendo assim -- o que é o mais comum --, as pessoas vão vivendo sem raízes, sem saber de onde o seu coração continua recebendo energia, sem saber quem continua respirando em seu interior, sem conhecer a seiva da vida que está circulando dentro delas.
Não se trata do corpo, e não se trata da mente -- é alguma coisa transcendental a todas as dualidades, que se denomina bhagavat -- o bhagavat nas dez direções...

O seu ser interior, quando se abre, vivencia inicialmente duas direções: a altura e a profundidade. Depois, devagarinho, à medida que vai se acostumando com essa situação, você começa a olhar em volta, estendendo-se em todas as outras oito direções.
Quando você alcançar o ponto em que a sua altura e a sua profundidade se encontram, então, você poderá olhar em volta, para a própria circunferência do universo. A partir desse momento, a sua consciência começará a desdobrar-se em todas as dez direções, mas o caminho terá sido só um.

Osho Zen: The Diamond Thunderbolt Chapter 9

Comentário:

A figura desta carta está nascendo de novo, emergindo de suas raízes presas a terra e criando asas para voar em direção ao ilimitado. As formas geométricas em volta do seu corpo mostram as muitas dimensões da vida que estão simultaneamente ao seu alcance. O quadrado representa a parte física, o que está manifesto, o conhecido. O círculo representa o não-manifesto, o espírito, o espaço puro. E o triângulo simboliza a natureza trina do universo: o manifesto, o não-manifesto, e o ser humano que contém a ambos.
Você está tendo agora uma oportunidade para enxergar a vida em todas as suas dimensões, das suas profundezas às alturas. Elas existem lado a lado, e, quando descobrimos pela experiência que o escuro e o difícil são tão necessários quanto o claro e o fácil, passamos a ter uma perspectiva muito diferente do mundo. Ao deixarmos que todas as cores da vida penetrem em nós, tornamo-nos mais integrados.

Copyright © 2008 Osho International Foundation

domingo, maio 25, 2008


Foto: Arquivo Google, sem referência autor(me parece que a autora é Ana Paipita, pelo que leio na assinatura no cromo).
Texto: Cláudia Ferrari




se escreveu de velocidade e distância
intensidade, busca e afastamento
achados ou perdidos
foram com o vento
uma modalidade
existiam outras
experimentou-se de impossível
e outros abismos
também era aquático
quântico e malemolente
dançou sem chinelos
arrastou cadeiras
escorregou em neve
um dia desses
tudo ia ser diferente

sexta-feira, maio 23, 2008

domingo, maio 18, 2008

PANELA DI BARRO, A BOA MISTURA DO SAMBA E CHORO


Fotos:
Cláudia Ferrari













Em sentido horário
Foto 1 - Bruno Garci
a, André Mendes,
Valdir Ribeiro e Pedro Castro


Foto 2 - André Mendes
Foto 3 - Pedro Castro
Foto 4 - Valdir Ribeiro
Foto 5 - Bruno Garcia



Grupo de Santa Teresa anima as noites

no centro do Rio



Por Cláudia Ferrari
Colaborou: Nelma Gomes


Eles cantam e tocam Noel Rosa, Lamartine Babo, Geraldo Pereira, Adoniran Barbosa, Assis Valente e Nelson Cavaquinho, entre outras iguarias da MPB. E compositores do bairro de Santa Teresa, como Robertinho dos Anjos, Regina Rocha e Tio Doca, desconhecidos pelo grande público, quase inéditos, mas muito populares nas rodas de samba e choro do Rio de Janeiro. Eles são o Panela di barro, grupo de samba e choro que promete contemplar os paladares dos amantes da boa música brasileira.

O convívio diário de um grupo de amigos músicos no boêmio bairro de Santa Teresa, o bate-papo por suas ladeiras, praças e vielas; o violão no final das noites pelos bares, principalmente, no saudoso “bar da Deusa”, que contava com a presença constante de Tio Doca, Tia Zilda, Regina Rocha, Luizinho Sete Cordas, Robertinho dos Anjos e outros músicos ilustres. Em comum, a amizade, a camaradagem e o amor pela música. Não deu outra: em 2002, nasceu o grupo que, tempos depois, batizado pelo artista plástico João Martins, viria a ser o Panela di barro.


Na atual formação, eles são quatro: André Mendes (violão de sete cordas e voz), Bruno Garcia (cavaquinho e voz), Valdir Ribeiro (surdo e voz) e Pedro Castro (pandeiro e voz). As idades variam entre 23 e 55 anos, prova de que a música não só é cúmplice do tempo, mas também agrega a diversidade das gerações.

O trabalho fundamenta-se na pesquisa das obras dos compositores Ari Barroso, Assis Valente, Geraldo Pereira, Noel Rosa, Cartola e Nelson Cavaquinho, para citar alguns. Essa é a base do repertório do Panela, samba e choro das décadas de 1930, 1940 e 1950, principalmente. Mas no repertório não faltam nomes do quilate de Martinho da Vila, João Nogueira e Roberto Ribeiro. Eles também fazem questão de apresentar compositores quase inéditos, não por acaso, moradores de Santa Teresa. “Esses músicos são nossas referências musicais: Robertinho, Regina, Tio Doca, Luizinho, sempre estimularam a criação do nosso grupo”, revela o violonista André Mendes.

O Panela já contabiliza cinco anos de existência, inúmeras apresentações no Rio de Janeiro e em outras cidades mas, a curto prazo, não há perspectivas para a gravação do primeiro CD. “Os shows são a única fonte de renda de todos os componentes do grupo. Estamos tocando bastante, em vários lugares, mas produzir um CD independente envolve um custo muito alto, esse projeto ainda está distante na nossa pauta”, constatam.

Com uma tímida e esporádica aparição na mídia, as principais ferramentas de divulgação do trabalho do grupo são, segundo seus componentes, o chamado “boca a boca” e a internet. Mas a agenda de shows está lotada: congressos, festas de empresas, aniversários e outros eventos fechados. Atualmente, cumprem temporada, ao lado do compositor Bira da Vila, no Bar CBF - Avenida do Chopp, na tradicional Praça Tiradentes e mensalmente, ocupam o Largo do Curvelo, em Santa Teresa.


ONDE CURTIR

Roda de Samba com Panela di Barro e Bira da Vila,

participação especial Mingo (voz e percussão)

Bar CBF - Avenida do Chopp

Todas as quartas-feiras, a partir das 20h

Praça Tiradentes, 83 (ao lado da Gafieira Estudantina)

Couvert Artístico: R$ 10,00

Informações e Reservas: 2232 3215


Roda de Samba e Choro

Largo do Curvelo, Santa Teresa

Todo primeiro domingo do mês, das 18h às 22h (se São Pedro ajudar)

Entrada franca





quinta-feira, maio 15, 2008

SANDRA GREGO, VALE (MUITO) CONFERIR!

foto: arquivo pessoal da artista, s/referência autor


AGENDA DE SHOWS


quinta-feira (apresentação quinzenal)

BAR DA GRAÇA
Rua Pacheco Leão, N° 780 - Jardim Botânico - RJ
a partir das 20h


Aos sábados
SEVERYNA DE LARANJEIRAS
Rua Ipiranga, n° 54- Laranjeiras - RJ
a partir das 21h


Aos domingos
SEVERYNA DE LARANJEIRAS
Rua Ipiranga, 54 - Laranjeiras - RJ
a partir das 13h



OUÇA O CD

www.sandragrego.com.br


ASSISTA O VÍDEO

www.youtube.com


CONHEÇA UM POUCO MAIS A ARTISTA

www.myspace.com/sandragrego


ENSAIO ABERTO

- SANDRA GREGO E OS TROIANOS -

Canjas
Terça-feira (quinzenal)

SABOR DA MORENA
Rua São Manuel, 43- Botafogo - RJ
Referêcia: Rua da Passagem
a partir das 19h



Sandra Grego e os Troianos
Dia 06 de junho - BAR DO FRANK
RUA Angélica Motta com Euletério Motta

(próximo ao Hospital Balbino e da Estação de Olaria)

(21)2562-0722
Sexta-feira - 22:00h


DICA DO POETA TANUSSI CARDOSO É PARA CONSIDERAR (SEMPRE!).

O SEERJ – Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro e a Casa de Cultura Lima Barreto

têm o prazer de convidar seus associados, familiares e amigos

para um evento maravilhoso a ser realizado nos dias 08, 09 e 10 de agosto deste ano: trata-se do

Sarau na Serra – Um Encontro com a Poesia

Excursão ao Hotel Recanto das Hortênsias, em Passa Quatro, MG, na Serra da Mantiqueira

Com direito a:

Hotel quatro estrelas com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar);

Programação noturna na sexta (08/08) e no sábado (09/08) – jantar dançante com orquestra;

Música ao vivo na piscina, no sábado e no domingo antes do almoço;

Sauna, quadras de esporte e amplos jardins do hotel;

Recital de poesia no sábado à tarde, após o almoço, no palco do Recanto das Hortênsias;

Visita à cidade de Passa Quatro, com possibilidade de ida a São Lourenço (a 30 minutos de Passa Quatro);

Compras de artigos de vestuário, doces e vinhos em Passa Quatro;

Ônibus de luxo com serviço de bordo, sorteios e bingo;

Duas paradas no trajeto.

Saída do Rio às 9h de 08/08, com ponto de encontro em frente ao SEERJ (Av. Paulo de Frontin, 353, Tijuca)

Chegada prevista no hotel: 16h

Retorno no domingo (10/08), após o almoço, com chegada prevista ao Rio às 20h.

O SEERJ reservou esta oportunidade para você! INSCREVA-SE JÁ!

Apenas 44 LUGARES.

SOMENTE 3 pagamentos de R$ 115,00 (cento e quinze reais) para os dias 29/05, 30/06 e 30/07/2008.

REUNIÃO GERAL no dia 29/05/2008, quando se dará o primeiro pagamento, caracterizando-se a inscrição, e deverá ser feita a entrega dos dois cheques pré-datados para os outros pagamentos.

Na oportunidade, esclarecimento de dúvidas e confirmação do passeio.

NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE RESERVAS! Porque são apenas 44 lugares!

Contatos com a Coordenadora do evento: MARIANGELA MANGIA

21-81868807; 21-24387105; 21-24914972

Realização: SEERJ

segunda-feira, maio 12, 2008

IV SEMINÁRIO NACIONAL DE ESTUDOS DA LINGUAGEM

Unioeste

Chegada da Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro em 7 de Março de 1808
- óleo - coleção particular Pintado por Geoff Hunt, R.SM.A.,
por encomenda do Dr. Kenneth H. Light.

24, 25 e 26 de junho de 2008

Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Local: Auditório do campus de Cascavel

Apresentação

O tema do nosso IV Seminário Nacional de Estudos da Linguagem gira em torno da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil e dos desdobramentos lingüísticos desse impacto causado pela presença da corte na colônia.

Com a chegada da família real ao Brasil, há 200 anos, o idioma português se torna símbolo de unidade, no entanto, não deixa de exprimir a diversidade da sua formação.

Quando a família real portuguesa concluiu sua aventurosa travessia atlântica e desembarcou no Rio de Janeiro, em 8 de março de 1808, trazia consigo costumes e uma tradição que não se exprimia apenas em roupas elaboradas, rapapés cansativos ou cerimônias suntuosas. Era antes na ponta da língua que Portugal, abandonado às pressas, ainda se manifestava, de forma mais corriqueira e insistente, do lado de cá do oceano.

Ao pensar nas léguas que os separavam de Lisboa, os nobres portugueses talvez se consolassem com pensamentos semelhantes àqueles que um conterrâneo ilustre assim resumiria muitos anos depois: "A minha pátria é a língua portuguesa". De maneira talvez um pouco invertida, a idéia desta famosa frase de Fernando Pessoa já parecia orientar, no século XVIII, estas políticas que o Marquês de Pombal mandava aplicar na vasta colônia do lado debaixo do Equador.

Em meados dos Setecentos, o Brasil era uma babel tropical em que o português já predominava, mas ainda convivia rotineiramente com outros inúmeros idiomas usados nas conversas de indígenas, africanos e europeus. Em 1757, Pombal proibiu que se falasse outra língua que não o português, e fez dele matéria de ensino obrigatório nas escolas, onde antes se aprendia basicamente a gramática latina.

Assim, procurava garantir pela difusão da língua a integridade territorial dos domínios ultramarinos da coroa. A vinda da corte, em 1808, assentaria de vez essa institucionalização. A palavra escrita também se difunde por meio das publicações da Impressão Régia e do ideal de ilustração simbolizado pela Real Bibliotheca, vinda de Lisboa.

A chegada da família real produziu um feito de representação da unidade. A língua portuguesa, assim, se torna símbolo importante da união nacional, mas nem por isso deixou de exprimir a diversidade da nossa formação.

Comissão Organizadora

Coordenação:
Prof. Dr. Alexandre Sebastião Ferrari Soares

Vice-coordenação:
Profª. Ms. Ruth Ceccon Barreiros

Colaboradores:
Profª. Ms. Alessandra Ribeiro
Profª. Ms. Ana Maria Marques Palagi
Profª Drª. Aparecida Feola Sella
Prof. Ms. Aquiles Tescari Neto
Profª. Ms. Benilde Schultz
Profª. Ms. Carmem Baumgartner
Profª. Ms. Clarice Braatz Schmidt
Profª. Ms. Clarice Corbari
Profª. Ms. Greice Castela
Prof. Dr. José Carlos Aissa
Profª. Ms. Luciane Thomé Schröder
Profª. Ms. Marlene Neri Sabadin
Profª. Ms Rosana Becker Quirino
Profª. Ms. Rosemary Zanette
Profª. Ms. Rose Maria Belim Motter
Profª. Ms. Salete Paulina Machado Sirino
Profª. Drª. Terezinha da Conceição Costa Hübes
Profª. Drª. Valdeci Batista de Melo Oliveira
Profª. Ms. Wilma dos Santos Coqueiro

MAIS INFORMAÇÕES:
http://www.unioeste.br/eventos/seminarionel/

sábado, maio 10, 2008

sexta-feira, maio 09, 2008

ANATOMIA


arquivo Google s/referência autor


Cláudia Efe




noite e dia
vagabundo
esteta
olhos vazados
de esfera
tudo gira ao redor
eu estreito
no cubículo
das tuas vielas
óh humanidade
a que pertenço
eu que faço parte
e conspiro
o teu inteiro

segunda-feira, maio 05, 2008

CÂNTICO XXVI


Cecília Meireles



O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste breve,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos humanos,
Esquecidos...
Enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...

AQUELE QUE APROXIMA OS QUE SEMPRE ESTARÃO



Cecília Meireles


Aquele que aproxima os que sempre estarão
distantes e desunidos
e separa os que pareceriam
para sempre unidos e semelhantes
enxuga meus olhos
no alto da noite de mil direcções.
Encostada a seu peito,
contemplo desfigurada
o negro curso da vida
como, um dia,
do alto de uma fortaleza
vi a solidão das pedras milenares
que desciam por suas arruinadas vertentes.

sábado, maio 03, 2008

O PAPEL DA CLASSE INTELECTUAL

foto: arquivo Google, s/referência autor



Oscar Quiroga




Data estelar: Mercúrio e Saturno em quadratura;
Lua se aproxima da fase Nova, ainda transitando por Áries.

Enquanto isso, aqui na Terra as forças agressoras e retrógradas, que pretendem forçar a espécie humana a se submeter ao poder totalitário, infundem temor e separatividade, para depois posarem de salvadoras. Até agora, estas forças totalitárias foram escoradas pela classe intelectual, que tinha a boa intenção de criar um poder maior daquele que um dia a oprimiu.

Porém, este caminho foi um fracasso, pois a militância da cobiça se impôs e, assim, os ideais elevados se perderam de vista. Porém, a classe intelectual se inclina agora para a manifestação espiritual, pois esta sim, é provedora da liberdade ansiada. A espiritualidade não se resume às expressões religiosas, mas se estende a toda atitude que promova beleza, bem-estar, justiça, educação e relacionamentos corretos.