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domingo, julho 13, 2008

Fernando Diniz, Mandala







Nathalie Loureiro




Diga-me, ó, Magnífica

Tu que és a trilha inexorável

A palavra escarrada

Última e primeira

Diga-me

Já que o vazio é jorrado

E és infinitude espalhada

Aos pés do visível

Diga-me, ó, Magnífica

Tu que és éter ácido e doce

O tempo-mor

Da minúscula alma

Tu que és a simplicidade

Que afronta a existência

Pois não posso tocar

O divino da semente

Diga-me, ó, Magnífica

Tu que és consciência

Das asas do saber

O odor do som primordial

Tu que estás no novo

E no antigo

Tu que dás nome

Ao inexistente

Diga-me, ó, Magnífica

Quem és tu?

Pois posso apenas tocar

A poeira ornada de ouro

Que meus pés largaram

Até agora num oceano

Vulgarmente chamado

Vida


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