Nathalie Loureiro
Diga-me, ó, Magnífica
Tu que és a trilha inexorável
A palavra escarrada
Última e primeira
Diga-me
Já que o vazio é jorrado
E és infinitude espalhada
Aos pés do visível
Diga-me, ó, Magnífica
Tu que és éter ácido e doce
O tempo-mor
Da minúscula alma
Tu que és a simplicidade
Que afronta a existência
Pois não posso tocar
O divino da semente
Diga-me, ó, Magnífica
Tu que és consciência
Das asas do saber
O odor do som primordial
Tu que estás no novo
E no antigo
Tu que dás nome
Ao inexistente
Diga-me, ó, Magnífica
Quem és tu?
Pois posso apenas tocar
A poeira ornada de ouro
Que meus pés largaram
Até agora num oceano
Vulgarmente chamado
Vida
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